Quando estava fazendo meu doutorado, perguntei para muitos adultos quais eram seus livros preferidos na infância. "Juca e Chico" foi citado inúmeras vezes. A lembrança das travessuras desses meninos fazia com que os adultos abrissem um sorriso. Essa história foi escrita pelo alemão Wilhelm Busch há mais de um século, em 1895. Acompanhar a maldade criativa de Juca e Chico é brincar com nossa própria maldade. Brincando, a maldade perde a força. - Folhinha / Folha de São Paulo - 17/11/2012 Publicado em: Folhinha / Folha de São Paulo - 17/11/2012
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhinha/dicas/di17111201.htm
Quando estava fazendo meu doutorado, perguntei para muitos adultos quais eram seus livros preferidos na infância. "Juca e Chico" foi citado inúmeras vezes.
A lembrança das travessuras desses meninos fazia com que os adultos abrissem um sorriso. Essa história foi escrita pelo alemão Wilhelm Busch há mais de um século, em 1895. Acompanhar a maldade criativa de Juca e Chico é brincar com nossa própria maldade. Brincando, a maldade perde a força.
As travessuras dos meninos são de arrepiar, e o castigo final está à altura do que eles aprontam. No mundo atual, em que tentamos negar o lado sombrio da infância, "Juca e Chico" traz alívio aos pequenos leitores e é válvula de escape para os desejos mais secretos de cada um.
A edição da Iluminuras traz um projeto gráfico impecável, e a editora Pulo do Gato nos presenteia com a belíssima tradução de Olavo Bilac. Ele impõe um ritmo delicioso e compreensível às traquinagens. E gostaria de encerrar com uma frase desse grande poeta: "A iluminação escassa favorece o sonho". Isto é, desliguem seus aparelhos eletrônicos, acendam o abajur do quarto e mergulhem no mundo desses dois meninos.
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