Por Luciana Pinsky, do blog Bora Aí Você certamente já reparou que super-heróis há aos montes, de todos os tamanhos, poderes, idades; enquanto que as super-heroínas ainda são um tanto quanto escassas, certo? Se é verdade, não sei, mas já ouvi por aí que isso ocorre porque os homens têm tempo de salvar o mundo enquanto as mulheres põem o pirralho para dormir. Soa “démodé”? Pois o autor (e ilustrador) de Super deve concordar com você porque neste livro pai e mãe se transformam. No início, o pai é o herói, que sai cedinho para trabalhar – detalhe: ele sai voando pela janela. Já a mãe acompanha o menino nas suas atividades diárias – além de trabalhar. O pai, porém, passa a ficar mais em casa, a buscar o menino na escola, a fazer o jantar – e começa a vestir roupas mais que normais. Já a mãe se afasta do dia a dia – e ganha roupa de super-heroína. Maneira delicada (e nada forçada) de falar dos papeis sociais e do imaginário infantil sobre os pais.
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