Publicado em: Estante de Letrinhas - Estadão - outubro de 2016

http://issuu.com/arteestado/docs/estante03/1?e=25607481/39888046

Ao contrário do que muita gente pensa, os contos de fadas – histórias curtas que fazem uso da magia e encantamento – não foram criados para crianças. Quando surgiram, nos séculos 12 e 13, retratavam situações comuns na vida dos camponeses, como a fome, e eram contados para adultos. Por isso, as primeiras versões são tão assustadoras. Na história Branca de Neve dos irmãos Grimm, por exemplo, é a mãe – não a madrasta – que manda matar a moça. No final, Branca convida a rainha para seu casamento e a faz danças com sapatos em brasa até cair morta. No século 16, os contos passaram a ser publicados em coletâneas. As versões para crianças, mais suaves, surgiram no século 17, e as histórias deixaram de ser apenas narrativas orais. Mais tarde, no século 19, se transformaram definitivamente em literatura e se popularizaram. Com o surgimento do cinema, no século 20, ganharam as telas e o mundo.

As duas versões de Branca de Neve a seguir trazem a madrasta, mas apresentam o desfecho original. O reconto de Gil Veloso tem humor e ilustrações delicadas que fogem do óbvio.

Branca de neve

Autores: Jacob e Wilhelm Grimm, com texto de Gil Veloso e ilustrações de Iban Barrenetxea

Editora: Pulo do Gato

Indicação: a partir de 8 anos

Preço: R$ 38,90