Todos os anos quando a Bienal se aproxima, meus filhos, acostumados a acompanhar a feira desde o carrinho de bebê, no Rio ou em São Paulo, explodem de ansiedade. Contam os dias para visitar o que chamam carinhosamente de "a livraria gigante" - Revista Pais e Filhos Publicado em: Revista Pais e Filhos
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Todos os anos quando a Bienal se aproxima, meus filhos, acostumados a acompanhar a feira desde o carrinho de bebê, no Rio ou em São Paulo, explodem de ansiedade. Contam os dias para visitar o que chamam carinhosamente de "a livraria gigante".
Confesso que, em nossa última visita, atropelados pela multidão, quase desisti. Mas, esta semana, como se houvesse esquecido das cotoveladas nos estandes, lá estava eu atravessando os 60 mil metros quadrados da 22ª Bienal de São Paulo.
Para facilitar a vida das crianças, não as levei desta vez - o que ainda planejo fazer, confesso -, mas trouxe para casa uma sacola recheada de livros, que escolhi batendo perna pelos corredores. Encontrei-os nos estandes, nas livrarias da feira e na própria memória de amante dos livros para crianças. Juntei-os com razão e emoção.
Li todos eles para mim mesma e para meus filhos, um laboratório vivo de sensações e impressões, alguns várias vezes seguidas. O resultado disso está nestas breves resenhas.
"Mari e as Coisas da Vida" é uma história de amor e cumplicidade entre avó e neta, colocada em suspenso por um silêncio inesperado, e imediatamente retomada pela voz da alma, que fala mais alto. Um texto sublime que trata de perdas e reencontros e uma ilustração que se dirige direto ao coração.
“Para que Serve um Livro?” um amigo, um companheiro, uma morada, um refúgio. Ninguém duvida que um livro seja tudo isso. A cada página, as ilustrações e as referências vão construindo um dicionário animado desse objeto tão antigo quanto perfeito. Senti falta de uma resposta: divertir. E isso este livro faz.
(Ana Lucia Busch)
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