Algumas histórias guardam tantas histórias que nunca cansamos de decifrar o que elas contam em palavras e em imagens. É o que acontece com o livro "Mari e as Coisas da Vida". - Folhinha / Folha de São Paulo - 01/09/2012 Publicado em: Folhinha / Folha de São Paulo - 01/09/2012
http://www1.folha.uol.com.br/fsp/folhinha/dicas/di01091201.htm
Algumas histórias guardam tantas histórias que nunca cansamos de decifrar o que elas contam em palavras e em imagens. É o que acontece com o livro "Mari e as Coisas da Vida".
Mari é uma menina que nasceu debaixo de uma cerejeira, não tem um tiquinho de paciência, vive com fome e usa lindos vestidos de bolinhas ou listras, sempre vermelhos. É intensa como a vida.
A avó é a melhor amiga da menina. As duas amam histórias e bolachas. E se divertem nos balanços do jardim, como bem narram as delicadas ilustrações da belga Kaatje Vermeire. As imagens são cheias de narrativas (ou histórias). Ajudam a decifrar enigmas ou até mesmo a criar outros. As cores das ilustrações, que lembram os dias de primavera, de repente avisam que algo não vai bem. É quando Mari recebe a notícia de que a avó está doente. As páginas ficam da cor do outono, quando as folhas caem, anunciando mudanças.
Pais e professores podem dizer que o livro ensina a encarar coisas difíceis, como a morte. Mas livro bom não costuma ensinar nada, provoca o leitor a sonhar, rir, chorar e pensar -assim como as coisas da vida.
(Gabriela Romeu)
|